2012-04-26

Concurso Nacional de Leitura - Fase Distrital

Dia 24 de abril de 2012
 Biblioteca Municipal Almeida Garrett - Porto

Alunos participantes do 3.ºCiclo
 Catarina Correia – 7.º B
 Viviana Campos – 8.º A
 José Pacheco – 8.º E

Alunos participantes do Ensino Secundário
Carla Santos – 10.º B



Após a tão esperada participação nesta fase do Concurso Nacional de Leitura, só nos resta dar os parabéns aos alunos e às professoras de Português que tanto os motivaram e apoiaram.

2012-04-24

25 de abril

     Abril de Sim Abril de Não

Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.

Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.

Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.

Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
                                                      Manuel Alegre

25 de abril

Lara Nogueira, Luísa Lisboa e Carolina Gomes, 6.ºF

2012-04-21

[poesia] Com licença

[...]
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.
[...]

excerto de "Fala do homem nascido", de António Gedeão (1958) .
Texto integral aqui.

2012-04-18

[Aconteceu] Feira do Livro Infantil de Bolonha

(imagem retirada de http://www.portugalbologna2012.com)

De 19 a 22 de março de 2012, Portugal foi o país convidado do certame dedicado ao livro infanto-juvenil - Feira do Livro Infantil de Bolonha. A originalidade e criatividade da exposição Como as Cerejas conquistou todos os participantes e visitantes da feira. Como as cerejas apresentou a um vasto público do circuito internacional do livro trabalhos originais de 25 ilustradores portugueses.

[efeméride] Antero de Quental

Aspiração

Meus dias vão correndo vagarosos,
Sem prazer e sem dor parece
Que o foco interior já desfalece
E vacila com raios duvidosos.

É bela a vida e os anos são formosos,
E nunca ao peito amante o amor falece...
Mas, se a beleza aqui nos aparece,
Logo outra lembra de mais puros gozos.

Minha alma, ó Deus! a outros céus aspira:
Se um momento a prendeu mortal beleza,
É pela eterna pátria que suspira...

Porém, do pressentir dá-ma a certeza,
Dá-ma! e sereno, embora a dor me fira,
Eu sempre bendirei esta tristeza!

Antero de Quental (1842-1891) foi um poeta português muito conhecido pelos seu sonetos, comparáveis por muitos aos de Camões ou de Bocage. saber mais | ler sonetos de Antero

2012-04-11

Dar um livro = Sorriso de uma criança timorense


De 1 de março até ao dia 15 de abril, a Associação “Karingana Wa Karingana”, em cooperação com o governo de Timor e tendo como parceiro os CTT, promove a campanha de recolha de livros para Timor “Um Livro, Um Sorriso”.

Se tens (e já não queres):
enciclopédias, gramáticas, dicionários, livros técnicos, atlas, manuais escolares de português e de matemática, livros infantis, banda desenhada, literatura de autores portugueses…

... só tens de te dirigir a uma estação dos CTT e entregá-los ao balcão. Os CTT assumem o resto e tratam de os enviar para Timor, onde a Associação, com a preciosa colaboração da GNR, distribuirá os livros por todo o país.

Colabora!

Autor do mês - José Jorge Letria



POEMA SOBRE A LIBERDADE

PARA QUE TU, LIBERDADE
Cresci a sonhar contigo, tu sabes,
com a pressa ansiosa dos amantes,
todo os dias, sem descanso ou desalento,
imginando a claridade do teu olhar sereno,
o rumor da tua voz marinha,
o embalo de onda do teu sono de menina.
Um dia chegaste e ergueste a tua casa
na mansa vizinhança dos meus sonhos,
paredes meias com o esplendor dos cravos.
Partilhei contigo o alpendre das estrelas
onde os meus filhos brincaram e cresceram,
onde eu brinquei com os búzios e as sombras
e te prometi fidelidade eterna,
como no fogo das paixões maiores.
Ambos envelhecemos desde então,
dorso arqueado pelo peso
do mais amargo desencanto,
sem renunciarmos à felicidade
que um dia prometemos um ao outro.
Fomos nós que envelhecemos
ou foi a alegria que se exilou do nosso olhar ?
Foi Abril que perdeu o fulgor primordial
ou fomos nós que deixámos de o merecer,
luz fugidia a escapar por entre os dedos ?
Amanhã acordarás numa cama de pétalas,
imitando a límpida música das fontes,
e eu estarei contigo, como quem renasce,
para que tu, Liberdade, não morras nunca
de tristeza ou abandono nos meus sonhos.
                                                      José Jorge Letria (Janeiro de 2004)

2012-04-10

Antonio Tabucchi (1943-2012)

“Escrever é tentar dar uma forma ao acaso. E dar uma forma à vida. A vida, em si, de facto, não tem forma nenhuma. É como um frango em gelatina. Qual é a lógica entre as coisas? Realmente, não há.”

                                                                                                                                      Revista LER nº 79