2016-05-31

Livro do dia

"Começámos logo pela parte mais impressionante, as masmorras e a câmara das torturas. Eu não quero acreditar que se façam passar sofrimentos horríveis a pessoas só porque não respondem às perguntas, ou têm ideias diferentes, ou se suspeita que elas têm ideias diferentes."


2016-05-25

Livro do dia

"Depois de visitarmos a Catedral de Santiago, os meus amigos e eu ficámos a tomar conta da Sissi enquanto os adultos iam por sua vez admirar as colunas com a árvore de Jessé, Noé ladeado por dois leões, o Botafumeiro, que é uma espécie de super-turíbulo. Este turíbulo pesa oitenta quilos e mede 1,60m. Dantes, usava-se para purificar o ar viciado da catedral, onde muitos peregrinos dormiam."

2016-05-11

12 de maio - Dia Internacional do Enfermeiro


                                                                                  Imagem: http://fs.unb.br/?portfolio=2373

2016-05-03

3 de maio - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa






3 de maio - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

 
"No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) revelou que, no ano passado, 63 jornalistas perderam a vida no exercício da profissão e 40 foram assassinados, acrescentando a esta relação os nomes de 19 jornalistas-cidadãos e seis colaboradores de meios de comunicação que também morreram por questões relativas à liberdade de imprensa."

                                                                                                                     Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias



                                                                                                                         Fonte: https://artedesign.wordpress.com

Centenário da morte de Mário de Sá-Carneiro

Quase

Um pouco mais de sol – eu era brasa,
Um pouco mais de azul – eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…

Assombro ou paz? Em vão… Tudo esvaído
Num baixo mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho – ó dor! – quase vivido…

Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim – quase a expansão…
Mas na minh’alma tudo se derrama…
Entanto nada foi só ilusão!

De tudo houve um começo… e tudo errou…
– Ai a dor de ser-quase, dor sem fim… –
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou e não voou…

Momentos de alma que desbaratei…
Templos aonde nunca pus um altar…
Rios que perdi sem os levar ao mar…
Ânsias que foram mas que não fixei…

Se me vagueio, encontro só indícios…
Ogivas para o sol – vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios…

Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí…
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi…

… … … … … … … … … … … … … … …
… … … … … … … … … … … … … … …

Um pouco mais de sol – e fora brasa,
Um pouco mais de azul – e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…
                                                   
                                                   Mário de Sá-Carneiro
                                                   Paris, 13 de Maio de 1913