2022-11-03

Autor do mês de novembro - José Saramago

José Saramago


 Imagem obtida em: https://www.porticodalinguaportuguesa.pt/index.php/component/zoo/item/jose-saramago


A 16 de novembro de 2022 comemora-se o centenário do nascimento de José Saramago, razão pela qual será o nosso Escritor do Mês.

José de Sousa Saramago, nascido na Golegã, era oriundo de uma família de agricultores (José de Sousa e Maria da Piedade) que tinham como alcunha Saramago, o que leva o Conservador a registá-lo assim erroneamente.

Cedo mostrou interesse pela cultura e pelos estudos pelo que por dificuldades financeiras não frequentou os liceus. Formou-se na escola técnica e trabalhou como serralheiro.

Fascinado pelos livros e pela cultura frequentava, à noite, a Biblioteca Municipal Central.

Aos 25 anos, já funcionário público, publica o seu primeiro romance " Terra do Pecado ". 

Dezanove anos depois troca a prosa pela poesia e publica " Os Poemas Possíveis " seguindo-se " Alegria " (1970) e " O Ano de 1993 " (1975).

Com a revolução dos militares de 25 de novembro de 1975, Saramago é demitido do Diário de Notícias por " excessos na Revolução dos Cravos " e resolve, então, dedicar-se apenas à literatura, substituindo o jornalista pelo ficcionista. Passam a ser sua missão as crónicas, os contos, o teatro e, mais responsáveis pela sua glória, os romances.

"Levantado do Chão", "Memorial do Convento", "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "Jangada de Pedra", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", entre outros, de " estilo saramaguiano", criticam a sociedade e a Igreja retratando a opulência de uns e as privações de outros visíveis na população.

Entre 1995 e 2005 inicia uma nova fase questionando a sociedade capitalista e o papel da existência humana em "Ensaio Sobre a Cegueira", "Todos os Nomes", entre outros.

Muda-se, então,  para Lanzarote, nas Ilhas Canárias onde não se cansa de investir contra as injustiças da era moderna, apoiando e vigiando as mais diversas causa sociais usando a sua  "arma", a palavra.

A 29 de junho de 2007 constituiu a Fundação José Saramago para a difusão da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos problemas do Meio Ambiente.

Várias obras foram adaptadas ao cinema, tais como, "O Ensaio sobre a Cegueira" dirigido por Fernando Meirelles, ou "O Homem Duplicado", em 2014, dirigido por Denis Villeneuve e estrelado por Jake Gyllenhaal e "Memorial do Convento " a uma ópera " Blimunda", criada no Scala de Milão, em 1990.

José Saramago faleceu no dia 18 de junho tendo tido Honras de Estado. Foi agraciado com as mais altas condecorações portuguesas e prémios nacionais e internacionais entre eles o "Prémio Camões", em 1995 e o "Nobel da Literatura"  em 1998.


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