2024-12-11

concursos

   

                                   Concurso de Escrita Criativa

 

Textos vencedores             



                          " Acolher um colega que não é como eu"

Categoria A


      " Nunca se deve gozar com ninguém; tenha óculos, seja deficiente, tenha cadeira de rodas ou tenha dificuldade em aprender. Por isso, é que se deve ser amigo de todos e temos de olhar para o lado para ver se alguém tem um amigo para brincar. Se não tiver ninguém para brincar devemos ir brincar com eles para eles não ficarem tristes. Mas para além disso devemos respeitá-los e não lhes devemos chamar nomes como caixa de óculos, burro e etc. , porque eles sentem-se mal. Para isso eles não tinham nome. Por isso é que se deve tratar pelo nome. Não se deve gozar com os meninos mais baixos só por eles serem baixos.

 Nós somos todos iguais e por isso não se deve gozar com os outros para eles não se sentirem excluídos e não quererem ir à escola por causa disso porque eles não têm culpa de terem nascido assim.  

Temos de ser todos amigos, para eles não se sentirem mal. Eu gosto de fazer amigos e toda a gente devia ser assim. Mas nem toda a gente é assim.

 Somos todos iguais , sendo gordos, sendo morenos, deficientes e com dificuldades em compreender, por isso é que devemos ser todos amigos. Por causa disso devemos pensar duas vezes antes de dizer as coisas para eles não se sentirem mal. Eles podem brincar de maneira diferente mas temos que colaborar com eles para eles serem nossos amigos e não estarem num canto sozinhos a chorar sem amigos ou porque sofreram bullying. Se eles não tiverem amigos também não têm quem os defenda."

           Lucas Martins         4º Ano     Escola Básica do Douro


Categoria B

                  

"Parte-se do princípio de que acolher um colega, que não seja como eu, não é uma tarefa fácil. Quer este tenha diferenças físicas, mentais ou até mesmo , ter vindo de outro país,( possuindo uma nacionalidade, cultura, língua ou raça diferentes) é um desafio.

  Contudo, sei que a partir do momento em que estou a ajudar o meu novo amigo/a fico com um sentimento muito agradável, pois percebi que fui útil e uma boa amiga em todo o complexo processo de adaptação. Acredito que, a minha turma, seja um ótimo exemplo de como acolher um colega diferente de mim. Até porque, este ano, entraram dois colegas novos para a minha turma. Ambos vinham de países diferentes mas a sua adaptação foi bastante diferente.

A minha nova amiga, vinha da Suiça mas, como sabia falar a nossa língua foi uma tarefa bastante fácil, de modo a que já está completamente integrada. Mas o meu novo amigo, visto que vinha de um continente diferente, implicando uma língua oposta, a nossa comunicação torna-se mais difícil, mas de qualquer modo tento ao máximo integrá-lo e comunicar com ele , tanto através de gestos, como utilizando o Google Tradutor.

Neste contexto, esta não é uma tarefa fácil, mas visto que todos somos diferentes devemos tratar e ser tratados todos como iguais e sempre integrados em todos os grupos, tarefa essa que a nossa escola desempenha com muito sucesso."


       Soraia Tatiana Pereira Moreira      7º A    nº 17    



Acolher 


Chega à sala um colega novo

Que o temos de acolher 

Mas primeiro, há tanta coisa 

Que eu quero saber

De onde é que vens

África, Ásia? 

Aliás, quantos anos tens? 

São tantas perguntas

Só que reparou-se logo 

Ele estava muito triste

Como é que o vamos animar, 

Se nem Português ele sabe falar

-Usamos o tradutor

Disse um amigo meu 

-Ou fazemos gestos que nem um ator

Exclamou outro

E depois, no intervalo 

Todos o fomos ensinar 

E é assim que eu te falo 

Este poema de encantar. 


Gonçalo Oliveira da Silva 7º A


Categoria C


Hoje foi um dia diferente na escola. Chegou um colega novo à turma e, logo ao entrar, todos percebemos que ele não era como nós. Além de ter um sotaque bem marcado e diferente, parecia estar um pouco perdido, olhando em volta como se estivesse a tentar entende onde se encaixava. No começo, confesso que fiquei só a observar. Era estranho pensar que alguém com uma cultura, língua e até estilo diferentes agora fazia parte da nossa turma. 

Mas, ao olhar para ele, deu-me aquele impulso de querer ir falar com ele, e ainda bem que o fiz. Ele apresentou-se com um sorriso tímido e disse que o seu nome era Amir. Com um pouco de dificuldade, contou-me que veio de um país distante, onde a língua e as tradições são muito diferentes das nossas. Só o pensamento de tudo o que ele deve estar a passar – mudar de país, deixar para trás a família e amigos e adaptar-se a uma nova escola - fez-me ter ainda mais vontade de o ajudar. 

No início, admito que foi um pouco difícil comunicar. Ele tem algumas dificuldades com a nossa língua, e às vezes acabávamos por nos rir de pequenos mal-entendidos. Mas, em vez de desistir, continuei a falar com ele, com calma, usando palavras simples e até alguns gestos para ajudar. Depois de alguns minutos, ele começou a ficar mais confortável. Contou-me que, no país dele, o clima é muito mais quente do que aqui, e rimos juntos sobre como ele estava a achar o nosso outono um pouco frio demais. 

A conversa com o Amir fez-me perceber algo importante: ser amigo de alguém que não é como nós pode ser uma oportunidade incrível de aprender. Perguntei-lhe sobre as coisas de que ele gostava, e ele disse que adorava desenhar e jogar futebol. Fiquei impressionado quando ele mostrou alguns desenhos que tinha feito. Eram lindos, cheios de detalhes e cores vibrantes, diferentes de tudo o que eu já tinha visto. Comentei que ele podia juntar-se ao nosso grupo de desenho na escola e que, se quisesse, poderia também vir aos nossos treinos de futebol.

Quando o convidei para se juntar ao grupo, vi o rosto dele iluminar-se. Ele parecia surpreso e muito agradecido, o que me fez perceber o quanto ele devia estar a sentir-se sozinho e deslocado. A partir desse momento, decidi que queria continuar a ajudá-lo a sentir-se bem-vindo. Afinal, todos nós passamos por momentos em que nos sentimos diferentes, isolados ou até um pouco inseguros, e ter alguém que nos ajude a sentir que fazemos parte pode realmente mudar o nosso dia – ou a nossa vida. 

Hoje aprendi que acolher um colega que não é como eu não é apenas um ato de bondade; é também uma forma de crescer e de aprender a valorizar as diferenças. Afinal, cada pessoa traz consigo uma história única, e, ao conhecê-la, sinto que também aprendo mais sobre mim mesmo e sobre o mundo.

André Cristiano Teixeira da Silva Nº 1 8º C

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