Onde cultivo as flores
Da perpétua e alada primavera,
Nem a terra se cansa,
Nem desmaiam as cores,
Nem o pólen dos sonhos desespera.
Tudo ali permanece
Fiel ao devotado jardineiro,
Que na distância tece
O halo que merece
Cada rosa acordada no canteiro,
Quando o dia das rosas amanhece.
Horto da infância entre areais adultos,
Há nele ainda a sombra de dois vultos
Que debruam de amor a pequena extensão
Desse mundo florido
Onde sempre feliz, tenho vivido,
Graças à graça da imaginação.
Miguel Torga
Magnífico hino, ilustração perfeita. Parabéns e obrigado pela partilha. Fazei família, sede família, vivei família.
ResponderEliminar